Meu casamento

Meu casamento

domingo, 7 de agosto de 2011

Leitura e interpretação (descritores)

Sempre o Juquinha
No primeiro dia de aula, a professora explica que vai testar a capacidade de raciocínio das crianças, fazendo-as ligar determinadas características ao animal certo. Chama o Juquinha e começa:
– Quem pia é...
– Pião! – diz o garoto terrível.
Com paciência, a professora diz que é o pintinho da galinha que pia.
– Vou lhe dar outra chance: quem ladra é...
– Ladrão!
A professora, irritada, explica que é o cachorro.
– Seu Juquinha, vou lhe dar a última chance: quem muda de cor é...
E o Juquinha:
– Semáforo!
Almanaque Brasil de Cultura Popular. São Paulo, ano 2, n. 15, jun. 2000, p. 30.

1-Nos trechos "– Quem pia é ...”; “quem ladra é...”; “quem muda de cor é...”, o uso das reticências, em relação ao aluno, reforça a
(A)oportunidade de completude da fala.
(B)informação sobre extinção de animais.
(C)expressão de irritação da professora.
(D)falta de resposta dos alunos.

Pã, uma divindade rural

De acordo com a mitologia greco-romana, Pã ou Pan é o deus dos bosques e dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Morava em grutas, vagava pelas montanhas e pelos vales e divertia-se caçando ou dirigindo as danças das ninfas (divindades dos rios, dos bosques, das florestas e dos campos). Amante da música, inventou a avena, uma flauta, que tocava exemplarmente.
Pã era temido por todos aqueles que tinham que atravessar as matas durante a noite, pois as trevas e a solidão desses lugares predispunham as pessoas a medos e superstições. Por isso, os pavores desprovidos de causas aparentes eram atribuídos a Pã e chamados de pânico.
BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia.Rio de Janeiro: Ouro, 1967.

2-Em “(...) e a solidão desses lugares (...)”, a expressão em destaque refere-se:
(A)às montanhas.
(B)aos vales.
(C)aos bosques.
(D)às matas.

LIBERDADE

É não depender de droga nenhuma pra viver.
Você sabia que os remédios sem indicação médica, a cola de sapateiro, o álcool e o cigarro são as drogas mais consumidas no Brasil? São as mais comuns e, por isso mesmo, muito traiçoeiras. Porque o pior de toda droga nem é o risco de morte, é a certeza de uma vida de dependência. Quem ainda acredita que as drogas libertam, é candidato a escravo. Porque a outra palavra para liberdade é independência.

3-A finalidade do texto é:
(A)alertar as pessoas para o uso indevido de remédios.
(B)chamar a atenção para os malefícios da dependência química.
(C)informar sobre todos os tipos de drogas existentes.
(D)buscar soluções para os usuários das drogas mais consumidas.

Texto VI

Ao namorado fanático

Você sabe que sou tão apaixonada por você quanto você é apaixonado pelo seu time. Mas acho uma lástima gastar tanto amor por um timinho como esse seu. Ele já há muito tempo não te dá nenhuma alegria.

Texto VII

Além de linda, é do meu time
Naquela tarde, quando a vi pela primeira vez vestindo o uniforme do meu time, integrada à nossa torcida uniformizada, senti meu coração bater descompassado.

4-A comparação entre os textos VI e VII nos permite afirmar que:
(A)em VI, há a valorização do amor dos enamorados e do amor ao time preferido; em VII, é exaltado o amor à torcida organizada.
(B)em VI, há a expressão sobre a facilidade dos enamorados torcerem pelo mesmo time; em VII, é indicada a dificuldade de um relacionamento entre namorados de torcidas diferentes.
(C)em VI, há a abordagem da alegria daqueles que amam e torcem para um mesmo time; em VII, são apresentadas as frustrações oriundas da mesma torcida.
(D)em VI, há a revelação do sentimento negativo em relação ao time do amado; em VII, é exaltada a coincidência entre amor e futebol.

A Casa da Moeda do Brasil

Se o governo brasileiro precisa emitir dinheiro, você sabe quem se encarregará de produzi-lo? A Casa da Moeda do Brasil. Além de cédulas e moedas, ela confecciona selos e medalhas.
A Casa da Moeda foi fundada em Salvador, em 1694, por ordem do governo português, para cunhar moedas com o ouro extraído da mineração. Inicialmente, foram cunhadas somente moedas de ouro e prata, mas depois se passou a produzir moedas de cobre para pequenos valores.
[...] Ela compreende quatro repartições: o Departamento de células, o de Moedas e Medalhas, a Gráfica Geral e o Departamento de Engenharia de Produtos e o desenvolvimento de Matrizes, que é o responsável pela concepção técnica e artística dos artigos elaborados pela instituição.
O Estado de S. Paulo. 20 fev. 2007. Estadinho. (Fragmento).

5-A palavra “ela”, que inicia o terceiro parágrafo, substitui o termo:
(A)a Casa da Moeda (segundo parágrafo).
(B)da mineração (segundo parágrafo).
(C)a Gráfica Geral (terceiro parágrafo).
(D)concepção técnica e artística (terceiro parágrafo).

Terra seca
Ary Barroso
O nêgo tá moiado de suó
Trabáia, trabáia, nêgo / Trabáia, trabáia nêgo (refrão)

As mãos do nêgo tá que é calo só
Trabáia, trabáia nêgo
Trabáia, trabáia nêgo
Ai “meu sinhô” nêgo tá véio
Não aguenta essa terra tão dura, tão seca, poeirenta...
O nêgo pede licença prá falá
O nêgo não pode mais trabaiá
Quando o nêgo chegou por aqui
Era mais vivo e ligeiro que o saci
Varava estes rios, estas matas, estes campos sem fim
Nêgo era moço, e a vida, um brinquedo prá mim
Mas o tempo passou
Essa terra secou ... ô ô
A velhice chegou e o brinquedo quebrou ....
Sinhô, nêgo véio tem pena de ter-se acabado
Sinhô, nêgo véio carrega este corpo cansado
cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/terra-seca.html

6-No trecho “Era mais vivo e ligeiro que o saci...”, o eu poético se compara ao personagem folclórico para:
(A)justificar seu cansaço diante do trabalho.
(B)demonstrar sua agilidade nos tempos de juventude.
(C)relatar os efeitos causados pela velhice.
(D)lamentar uma vida tão dura e sofrida.

'Pulseirinhas do sexo' são proibidas em escolas

Vereadores de Navegantes, em Santa Catarina, aprovaram, no início da noite desta segunda-feira, um projeto de lei que proíbe o uso das polêmicas "pulseirinhas do sexo" nas escolas do município. [...]
A novidade deixou os educadores em alerta, depois que uma menina tentou beijar a colega em uma escola de Itajaí. [...]
O importante, na visão do especialista em sexualidade José Claudio Diniz, é orientar os jovens que as pulseiras são apenas uma manifestação das relações de amizade.
- E a questão da sexualidade não deve ser tratada por meio de pulseiras coloridas. Pais e professores não devem associar o sexo a algo ruim. E, sim, explicar que o sexo é algo bom, mas não nessa idade - argumentou Diniz.
Marialva Spengler, professora de Psicologia da Educação da Univali, orienta que os pais boicotem a pulseira, caso a brincadeira entre em um contexto malicioso.
- Eu também sou mãe. Comprei algumas dessas pulseiras e mostrei para o meu filho de 14 anos. Expliquei os significados a ele e nos entendemos. O importante é conversar e proibir o uso, em caso de excessos - apontou Marialva.
Adaptado de http://180graus.brasilportais.com.br/geral/

Texto VII

Sou a favor da proibição das pulseirinhas do sexo. Sexo é uma parte importante da vida adulta e deve ser encarado com respeito, que começa pelo respeito ao próprio corpo. A maturidade emocional certamente fará as adolescentes entenderem que a proibição do uso e venda foi para protegê-las. A palavra sexo não é tabu, mas não é brincadeira. Por que não ensinamos a educação afetiva junto com a educação sexual? O amor seja ele filial, fraternal ou com interesse sexual, orienta para uma vida melhor.
Y. P. P,Coluna do Leitor, in: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/

7-O trecho do texto VI que reforça a visão expressa no texto VII sobre o uso das “pulseirinhas do sexo” é:
(A)“A novidade deixou os educadores em alerta depois que uma menina tentou beijar a colega em uma escola de Itajaí.”
(B)“E a questão da sexualidade não deve ser tratada por meio de pulseiras coloridas.”
(C)“[...] no início da noite [...] um projeto de lei que proíbe o uso das polêmicas ‘pulseirinhas do sexo’ nas escolas do município. [...]”
(D)“O importante é conversar e proibir o uso, em caso de excessos [...]”

Invejoso
Arnaldo Antunes e Liminha

O carro do vizinho é muito mais possante
E aquela mulher dele é tão interessante
Por isso ele parece muito mais potente
Sua casa foi pintada recentemente
E quando encontra o seu colega de trabalho
Só pensa em quanto deve ser o seu salário
Queria ter a secretária do patrão
Mas sua conta bancária já chegou no chão
[...]
Invejoso
Querer o que é dos outros é o seu gozo
E fica remoendo até o osso
Mas sua fruta só lhe dá caroço
Invejoso
O bem alheio é o seu desgosto
Queria um palácio suntuoso
mas acabou no fundo desse poço
[...]
http://letras.terra.com.br/arnaldo-antunes/1547286/

8-A expressão “Mas sua fruta só lhe dá caroço” reforça a seguinte visão do eu poético:
(A)faltam-lhe boas oportunidades na vida.
(B)proporcionam-lhe situações de vida limitadas.
(C)determinaram-lhe as atitudes inadequadas.
(D)interessa-lhe o que é menos problemático.

Texto XXXII

Sempre escrevi, desde adolescente, mas aquela coisa tipo desabafo, sem valor literário. Até que um dia escrevi uma coisa que percebi que estava lírica. Era um poeminha, falava sobre uma rosa no muro, uma coisa assim. Eu li e disse: “Mas isso aqui ‘tá’ diferente, é desse jeito que eu quero”. Significava que eu estava descobrindo uma dicção própria, pessoal, um timbre que era o meu e que não era o de ninguém. Comecei a acreditar naquilo.

Adélia Prado

Texto XXXIII

Eu nasci para escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo. Eu tive desde a infância várias vocações que me chamavam ardentemente. Uma das vocações era escrever. E não sei por que, foi esta que eu segui. Talvez porque para as outras vocações eu precisaria de um longo aprendizado, enquanto que para escrever, o único estudo é mesmo escrever. Adestrei-me desde os sete anos de idade para que um dia eu tivese a língua em meu poder. E, no entanto, cada vez que vou escrever, é como se fosse a primeira vez. Cada livro meu é uma estreia penosa e feliz. Essa capacidade de me renovar toda à medida que o tempo passa é o que eu chamo de viver e escrever.

Clarice Lispector

9-A questão central, tanto no texto XXXII como no texto XXXIII, é:
(A)a relação das autoras com o processo de produção literária.
(B)as lembranças de um passado.
(C)ensinar como se produz um texto.
(D)a insegurança das autoras ao produzir o texto.

O balão vai subindo

As festas de Santo Antonio, São João e São Pedro, embora um pouco esquecidas nas grandes cidades do sul do Brasil, ainda guardam o gosto do quentão e da pipoca nas cidades do interior e até mesmo nas capitais do norte e do nordeste do nosso país.
Nesses lugares, o povo ainda sai às ruas, bota fogo nas suas fogueiras, canta a ciranda, dança a quadrilha e a garotada tenta subir no pau de sebo para apanhar alguma prenda.
Com isso, muita coisa da velha tradição junina que nos foi trazida pelos colonizadores portugueses está sendo preservada. Até quando? Não se sabe bem.
À medida que as cidades vão-se industrializando e as suas áreas livres se reduzindo, os festejos juninos, que exigem largos espaços e um contato maior com a natureza, deixam de ser celebrados como o eram nas suas origens. A fogueira, transformada no próprio símbolo da festa, ficou aos poucos restrita aos lugares afastados e de pequeno movimento; os balões, mensageiros que levavam aos santos homenageados os pedidos dos devotos, hoje trazem perigo às indústrias, às casas e às reservas florestais.
As festas celebradas sob as noites frias do mês de junho, apesar das mudanças que foram sofrendo ao longo do tempo, ainda preservam superstições e adivinhações muito usadas pelas moças casadeiras e um rico repertório de música própria e, sobretudo os quitutes à base de milho desenvolvidos ao longo de mais de quatrocentos anos de tradição junina.
Sua Boa Estrela nº 67 - Ano XIII - 1979 (Adaptação)

10-De acordo com o texto, os problemas que ameaçam as festas juninas são:
(A)a redução das áreas livres e o avanço tecnológico.
(B)a industrialização das cidades e o avanço tecnológico.
(C)a industrialização das cidades e a diminuição das áreas livres.
(D)as superstições do povo e o aumento da diversidade musical.

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